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O Blog da Ervilha

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Tiger King, Minissérie Netflix

Quando a minissérie apareceu na Netflix acrescentei logo aos favoritos porque ouvi: “Há nos Estados Unidos mais tigres em cativeiro, do que em todo o mundo na natureza.” Pensei que não podia ser e só esta afirmação bastou para prender o meu interesse e acrescentar à lista.
A série trata da história (incrivelmente verídica) de pessoas ligadas à criação e exploração de grandes felinos, assim como de outros animais exóticos. O que o documentário mostra é: quem são estas pessoas.
Achei-os a todos muito estranhos, sem exceção, com passados obscuros e presentes de se torcer o nariz. Eu que nem me considero conservadora, nem muito retrograda em relações às opções de cada individuo, mas isto foi demasiado para mim.
A personagem central é Joe Exotic, o Tiger King. Um homem indescritível: mas só os videoclips dele bastam para perceber que não era, como se diz na minha terra, bem fino. Este ser humano possuía centenas de grandes felinos e outros animais exóticos, em condições muito precárias; estava rodeado de gente estranhamente fiel e devota; o resto não consigo descrever tem mesmo de ser visto.
É tudo tão bizarro e inacreditável para os nossos padrões culturais que, em muitos momentos, pensei que era uma farsa. Mas não, aquelas pessoas existem são assim e falam de: matar pessoas e animais, atirar com armas de fogo e explodir coisas, com mesma naturalidade com que eu faço uma panela de sopa.
O crime que leva Joe Exotic à cadeia não o mais importante da minissérie, é apenas um linha condutora para a narrativa. Penso que o que os produtores pretendiam, e conseguiram na sua plenitude, foi retratar uma boa parte da verdadeira, execrável e estúpida sociedade norte americana (aqui podem incluir além dos criadores e detentores também os clientes destes locais, analisem bem tudo). Aquela que elegeu o Trump, não a de Hollywood ou Nova Iorque. É uma forma de mostrar ao mundo o que se pode fazer naquele país, o quão ridículo e absurdo é aquele modo de vida e como o conceito de liberdade é deturpado.
Espero que além de mostrar ao mundo a realidade americana, sirva para que eles tenham vergonha de si próprios e façam alguma coisa para mudar. É de facto um país que não tem o mínimo respeito por nada nem ninguém, muito menos pela natureza e pelos animais.
Não acho que seja o melhor documentário de todos os tempos, nem sequer da Netflix, prefiro o Our Planet. Mas é o mais visto até hoje, o que fez correr mais tinta e o primeiro que mostra a realidade da América profunda.   

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P.S.: Sem querer ofender o Quim Barreiros, já reparam como são parecidos?

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