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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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À Pendura no Parque Natural de Montesinho

Começamos o dia cedo, com um pequeno-almoço espetacular na Pousada de Bragança, que recomendo vivamente, mesmo para viajar de moto. Chegamos à moto, ainda nem a tínhamos ligado e já tínhamos avistado um enorme furo no pneu de trás; um parafuso mesmo grande totalmente enfiado e já bem rompido. Cruzou-se connosco uma alma caridosa no parque, percebemos depois que era um chefe Michelin do sítio, proprietário de uma GS e uma Vespa, que nos indicou onde poderíamos reparar o furo. Perdemos logo 1:00 a 1:30.
Como sempre levamos o traçado pré-definido no GPS que não funcionou, nem nos conseguia tirar da cidade, andamos em círculos uns 30 minutos. Decretamos nesse momento a morte do GPS TomTom.
Bragança tem uma péssima sinalização, como quase todas as cidades atualmente, foi muito difícil encontrar uma placa a indicar a direção para o Parque Natural de Montesinho. Lá encontramos, mas era exatamente o traçado aposto ao marcado, nem quisemos saber só queríamos sair de Bragança e entrar na natureza.
Toda esta confusão e fuga ao plano inicial acabou por ser o melhor que nos podia acontecer. Acabamos por ver sítios fantásticos que nem estavam no roteiro inicial, seguimos os nossos instintos e correu tudo lindamente. Passamos em Puebla de Sanabria, que não estava previsto inicialmente por ser afastado da rota, o que foi absolutamente maravilhoso, adoramos.

puebla sanabria.jpg

Por onde andamos? Não sei bem, mas penso que pelo Parque Natural quase todo, foi deslumbrante.
Quantos quilómetros? Mais de 200, quando tínhamos planificado cerca de 75. Mas valeu cada quilómetro e cada cêntimo gasto, foi incrível. Pegamos num mapa de “papel” e fomos colocando as localidades pelo caminho, mas mudávamos e seguíamos placas, sempre que nos “perdíamos” entravamos locais cada vez mais incríveis.

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Talvez este contratempo tenha servido para me libertar de organizações fechadas, de tentar controlar e planificar tudo. Optamos por nos deixarmos ir (no inicio foi desconfortável para mim) mas depois comecei a usufruir e senti imenso prazer naquele registo, em que não importa o caminho mas chegar ao local usufruindo o melhor possível de tudo.
Recomendo vivamente que se percam neste incrível Parque Natural, que parece feito para andar de moto. De carro não seria tão bom, de moto foi maravilhoso!

montesinho2.jpg

 

À Pendura: De Viana a Bragança

Distância: 250 a 270 km
Veículo: KTM 1290 super adventure s
Sistema de navegação: GPS TomTom, Aplicações de telemóvel, Mapa em papel.
Objetivo: Chegar a Bragança evitando grandes aglomerados populacionais e trânsito, pelo melhor trajeto e com as melhores vistas possíveis.

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Saímos de Viana do Castelo quando acordamos, carregamos a moto e montamos o GPS; tudo bem até à parte do GPS. Tínhamos feito antecipadamente os trajetos -ida, Parque Natural de Montesinho e volta- quando montamos o GPS os trajetos estavam lá, mas, mais uma vez, essa função não funcionou; optamos por fazer o trajeto por partes. Normalmente escrevo num papel os pontos chave do trajeto, para salvaguardar falhas como esta, vamos introduzindo os locais no GPS e verificamos se era o trajeto que queríamos antes de arrancar.

Partimos em direção a Vila Verde/Amares, por Barroselas, apanhamos obras e trânsito ainda nem tínhamos saído do distrito. Até sairmos de Barroselas foi o pior troço da viagem, tem trânsito e passa por freguesias com densidade populacional significativa, mas temos de sair por algum sítio e esta é a melhor opção naquele sentido. Aqui nem precisamos de GPS pois já conhecemos a estrada. Depois disso e fora das freguesias maiores, já se pode usufruir de belas paisagens e boas estradas para fazer de moto. No entanto, algumas partes requerem atenção redobrada, pelo traçado e falta de bermas.

Chegados a Amares, sentamo-nos, pegamos no mapa e no GPS, como já não tínhamos a certeza do trajeto começamos a reintroduzir a ida: Negrões, Chaves, Vinhais e Bragança. Ainda assim, tentou enviar por Braga, o que não queríamos, é uma questão de verificarem e introduzirem um local de passagem para alterar o trajeto, foi aqui que usamos o mapa.

A partir de Amares, até entramos na estrada que vai para o Gerês, correu tudo bem e como desejávamos. No entanto, por já ser setembro e segunda-feira, não esperávamos tanto trânsito em direção ao Gerês o que fez com que só voltássemos ao nosso ritmo após a rotunda de acesso ao Gerês. Depois disto, foi só usufruir.

Almoçamos na Barragem da Venda Nova, levamos água, sandes e fruta de casa -para ser mais fácil, cómodo e seguro- o que nos permitiu almoçar onde, quando e como quisemos.
No trajeto de ida incluí um dos meus traçados preferidos, a estrada de Negrões. Aquilo é lindo, além disso só tem os locais e umas autocaravanas, ainda pouco conhecido. Naquela zona, Montalegre, existem locais de beleza única e que devem ser explorados, este é um deles. A estrada até Chaves, por ali, é maravilhosa e com pouco trânsito.

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Chegados a Chaves fomos aos pasteis, que na última visita estavam fechados, são maravilhosos. Descansamos um pouco e esticamos as pernas, verificamos o resto do trajeto e fizemo-nos à estrada, e que estrada. O troço da nacional 103 de Chaves até Bragança, com passagem por Vinhais, é do melhor que já fizemos. Foi a primeira vez que fizemos aquela estrada, mas ficamos com vontade de voltar mais, adoramos, permite fazer o tipo de viagem que gostamos, impecável.

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Recomendo imenso esta viagem, sempre planificada ao gosto de cada um e com as devidas precauções, mas vale muito a pena.

O Douro à Pendura, N222 (a volta)

Saímos cedo para aproveitar a viagem, as vistas e o percurso. Viajar de moto é muito diferente do que viajar de qualquer outra forma, é mais intenso e mais fácil apreciar o que nos rodeia (facilmente se encosta e se abre a viseira). Por isso queríamos aproveitar!
Levávamos um itinerário planificado de casa, mas os nossos companheiros de viagens tinha outro plano e decidimos conjugar os dois.

Saímos de Vila Nova de Foz continuamos pela N222 e engatamos na N220, foi uma excelente surpresa: encontramos um miradouro para observação de aves, que simplesmente adorei. Onde nos deixamos ficar num exercício de contemplação. Ficamos largos minutos a observar e admirar: os voos, as rotinas e a beleza das aves de rapina e das suas crias.

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Seguimos pela N220 até Torre de Moncorvo com as habituais vistas estonteantes e as barragens avassaladoras. Aí a dupla partiu-se os nossos companheiros seguiram para iniciar a N2 e nós apanhamos a nossa rota.
Para o regresso tínhamos traçado a volta pela margem oposta da ida. Assim, íamos pela margem Sul e voltávamos pela Norte. Marquei alguns pontos essenciais de modo a passarmos pelos locais pretendidos e fomos ajustando a rota manualmente no GPS, tudo antes de sair da casa, uns dois dias antes.

Neste regresso andamos pelas N220, N221, N332, várias estradas secundárias e em Amarante apanhamos a autoestrada até casa, Viana do Castelo. Como em 75% das vezes, apanhamos uma ventania descomunal de Amarante ao Porto o que é terrível quando se anda de moto, muito cansativo e desgastante.


O trajeto para esta segunda parte da viagem não foi cumprido na integra, com muita pena minha. Porque a N222 é incrível, mas ainda estava a gostar mais deste trajeto.
É sempre muito difícil destacar algo, porque o Douro tem aquela capacidade incrível de nos surpreender a cada visita. No entanto, realço o incrível trajeto de descida para a estação final da linha do Tua e os quilómetros seguintes ao lado do Douro (N212/214), nunca tinha lá passado e fiquei realmente impressionada; a sempre fabulosa N322-3 que nos leva até ao Pinhão, onde paramos e pensamos realmente estender o fim de semana por mais 1 ou 2 dias, é avassalador aquele trajeto, mas tínhamos de voltar ao trabalho.
Declaradamente o Douro precisa de 4 ou 5 dias, é demasiada: beleza, paz, natureza, paisagens e estradas incríveis, para apenas um fim-de-semana.

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Diário de uma Pendura: Málaga (dia 5)

Málaga conhecida por ser uma cidade do Mediterrâneo e a cidade onde nasceu Picasso, fica muito bem no folheto tem imensos locais de interesse, mas lá chegados é tudo muito pouco impressionante e bastante mais pequeno do que parece nas fotos de divulgação.

A nossa perceção é que é: uma cidade feia, com gente estranha, turismo do mau e uma má onda que se sente em todo o lado. Digamos que Málaga é semelhante a qualquer cidade do Algarve no mês de agosto mas ainda pior, porque a malta é mais antipática e come-se mal, até no BurguerKing.
A cidade tem um centro histórico pequeno e concentrado; logo visita-se rápido. No entanto, não é bom porque: tem muita gente por todo o lado, o nível do turismo é baixo, existem demasiadas trotinetes elétricas (assistimos a um atropelamento e a corridas em todos os lugares, a Polícia é claramente insuficiente); exceção feita aos Locais, só encontramos gente rude e mal educada, a falta de civismo impera em Málaga. Posto isto, saímos de Málaga fugidos para Cartagena.
Se pensarem ir Málaga recomendo que: vão para outro sítio…

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Os famosos cruzeiros no douro

No último final de semana 10 e 11 de Outubro fui fazer um programa  que se adivinha extraordinário, uma experiência única, que está escrita na lista de coisas a fazer de qualquer português; um cruzeiro de 2 dias pelo Rio Douro desde o Porto até Barca de Alva (ou seja, desde a foz do rio até à fronteira com Espanha) na empresa ROTA DO DOURO. Tinha vales para gastar em viagem e a tratava-se de fim de semana muito especial, no sábado o meu homem festejava o seu aniversário e no domingo comemorávamos 5 anos de namoro.
Este artigo visa a viagem por etapas, com descrição. No entanto, a experiência que os meus pais tiveram noutra companhia foi substancialmente diferente, pelo que posso fazer comparações baseadas em fontes fiáveis :) 



A partida: 
Dirigimo-nos à Ribeira do Porto para embarcar, logo à partida tivemos dificuldade em saber qual o local de embarque. Nada estava assinalado com o nome da companhia e os barcos ainda não tinham chegado, num dia de anunciado temporal (tivemos sorte não choveu) partimos com um atraso de 50 minutos. Atrasos para mim são coisa séria, revelam falta de profissionalismo e de consideração. 
Fomos dos primeiros a chegar mas entretanto vieram os rebanhos de excursões e formaram filas, e nós sem perceber nada daquilo e sem avistar ninguém, acabamos por entrar porque perguntamos a quem (sem identificação nenhuma) andava de papeis na mão. 
O avistamento da embarcação foi uma enorme desilusão, frustração e um desgosto, tratava-se de um cacilheiro adaptado, com ferrugem, casa de banho duvidosa e uma área comum (tipo refeitório) onde meteram um número considerável de pessoas. A sensação foi de que pagamos um produto anunciado como sendo de luxo e "vamos numa excursão num autocarro da Linhares". Pelo menos fomos à frente porque atrás o barulho dos motores e o cheiro a combustível era absolutamente insuportável.

A comida:
Quem me conhece bem sabe que eu não posso ter fome, nem ver gente brincar com a comida. É motivo para retaliação e rebelião. 
Pequeno-almoço no barco é o básico, mas comparado com o resto é bem bom.
Almoço no primeiro dia porco lombo com batatas, sem opção, está mal. Eu não como porco mas não tive outro remédio, porque depois disso fiquei 8 horas sem comer. No primeiro dia entre o almoço e o jantar estivemos 8 horas sem comer, sendo que pelo meio tivemos "uma prova de vinhos" sem nada para meter no estômago.
No segundo dia, deram-nos um arroz de pato que desconfio nem pato era.
Jantar em hotel 4 estrelas um nojo, uma vergonha, a gota de água...O Hotel Régua Douro muito afamado deu-nos como prato principal de um produto de luxo uma mixórdia de puré, lascas de bacalhau, delicias do mar, cogumelos de lata, ovo cozido e muita gordura; uma espécie da massa consistente que envergonha a cantina da minha escola. Servida como quem atira massa consistente a um muro, o que fez com que algumas pessoas saíssem sujas do jantar. Como disse o Vicente "parece que se esqueceram de preparar o jantar e despejaram no pirex (sim foi servido à colherada de um pirex) tudo o que havia na despensa e levaram ao forno!". De sobremesa uma torta vergonhosa que ninguém comeu ou um leite creme saído do frigorífico. Reclamei imediatamente, mesmo sem comer, todos os presentes estavam desagradados, mas como eu reclamei acharam que "não valia a pena reclamar toda a gente."
No segundo dia queriam deixar-nos sem comer entre as 16 e as 23, porque achavam que um lanche (uma sandes de queijo, 3 rissóis e 4 quadrados 3x3cm de bola) chegava. Curiosamente toda a tripulação que seguia no comboio ia abastecida com restos do lanche. Fizemos barulho, aí sim todos, e foi-nos dado um saco plástico para levarmos os restos do lanche para a viagem. 

A Tripulação:
Foi muito diferente nos dois barcos:
Barco Vale do Douro, do primeiro dia, foi uma desgraça até lá dentro se pegaram, estavam todos sujos, eram antipáticos e o chefe de sala era uma besta. 
Barco Transdouro (penso eu), do segundo dia, tinha uma tripulação fabulosa, limpa e asseada, um chefe de sala que era um verdadeiro líder, mesmo assim não há milagres porque não conseguem resolver tudo.

O Alojamento:
Os quartos destinados para os hóspedes da Rota do Douro eram virados para a estrada, sendo que o nosso em particular estava situado em frente ao elevador e junto ao reclamo luminoso que fez barulho a noite toda. Este tipo de quarto não foi dado a outros hóspedes, nomeadamente estrangeiros. 

A visita à quinta e a prova de vinhos:
Depois de 5 horas sem comer fomos para a Quinta do Seixo, do grupo Sogrape, uma quinta lindíssima, super bem arranjada e com uma vista top. Problema é que a visita foi 15 minutos (depois de uma hora de viagem de ida e outra de volta) onde vimos um marco, umas garrafas e umas pipas. A prova foi dois fundos de vinho do douro de supermercado.


Tudo o que não está relacionado com a empresa Rota do Douro:
A vista é fabulosa, as cores de outono dão à paisagem tons lindos e encantadores. Os desníveis da barragem são incríveis uma experiência a ter. Infelizmente não aproveitei na plenitude...
 
 
Conclusão:
Não comprem na Rota do Douro, a Barca do Douro é muito melhor.
Vale a pena, realmente, da Régua para cima. Podem ir de carro até à Régua e depois de barco, comboio ou mesmo de carro até ao Pocinho ou barca D'Alva. Fica bem mais em conta e é o que vale a viagem. 
Se quiserem passar nas barragens, optem por outra empresa.
Tudo o que a vista alcança é mágico, lindo de morrer inesquecível. 
A melhor colaboração Homem-Natureza que vi até hoje.
A vista é linda não morram sem o fazer! 



 

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