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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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Grunge: uma (trágica) história de sucesso

Um facto inalienável é que tragédia e o grunge são indissociáveis. Na lista temos Chris Cornell, Kurt Cobain e Layne Staley, os primeiros por suicídio e o último por overdose; ficou apenas Eddie Vedder.

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Como se justifica isso?
Essa é a resposta de um milhão, existem muitas opiniões e teorias.
A minha é que talvez o facto de ser um género tão duro, introspetivo e visceral - produto direto das dores de crescimentos daqueles indivíduos, sistematicamente revisitadas em cada música e concerto - tenha contribuído para os desfechos trágicos dos atores principais do grunge.
Estes rapazes eram pessoas normais, sim pessoas normais, que viram as suas vidas drasticamente alteradas. Sendo, ao longo do seu sucesso, consumidos por um meio que desconheciam, (no fundo) não desejavam e com o qual não sabiam lidar.
Note-se que: As pessoas normais, tal como eles, têm angústias e preocupações dignas de letras de músicas e de serem gritadas para milhares de pessoas. Se não têm, deviam.

Penso que, parte da sua tragédia é também a chave do sucesso do género. Estes homens com tocaram milhares de jovens que perceberam que não estavam sozinhos, fechados no seu quarto a sofrer. Existindo uma sensação de pertença que transcendia a música; o grunge era uma forma de estar na vida, desde a indumentária e ao estilo de vida, pouco recomendável, dos ídolos.

Assim, este estilo pôs a nu muitas das angústias de uma geração, fez com que milhões não se sentissem sós e mudou para sempre o paradigma de beleza e carisma masculinos (esta última parte pode parecer fútil e superficial, mas não deixa de ser significativa).


Tenho em Chris Cornell, a par de Ian Curtis, um dos homens com quem casaria num piscar de olhos. Sim, isso diz muito sobre o meu gosto pelo sexo oposto: homens desarranjados, geniais, introspetivos, artísticos, apaixonados e apaixonantes; óbvio que isso vem com um conjunto de disfunções que acabam por não compensar o risco, ou talvez sim.
Na realidade a vida sem paixão, sem reflexão e sem grunge não tinha o mesmo sabor.

 

A nova Antena 3, a alternativa pop

Não poderia deixar passar em branco as alterações na Antena 3, rádio de que tanto gosto e na qual sempre tive a esperança que se torna-se melhor. Assim foi!
A nova Antena 3 tornou-se efetivamente (como diz o slogan) uma alternativa pop, entenda-se com isto que passa maioritariamente música alternativa - entendo que esta é toda a música que foge do main stream vigente nas rádios de difusão nacional.
Há já algum tempo deixei de ouvir rádio nas minhas deslocações de carro, já bastava a condução para irritar, não preciso de juntar a isso música má. Como ouvi falar nas alterações na Antena 3 e pareceram-me boas, especialmente no segmento da manhã, dei uma hipótese, foi o melhor que fiz.
As duplas Ana Galvão e Joana; Luís Oliveira e Ana Markl (esta última locutora, claramente, ainda em fase de adaptação) são fabulosas. O gosto musical é bom, tenho aqui de destacar o Luís Oliveira, que se deve sentir muito mais realizado, com a liberdade dada fora da antiga (miserável) lista de músicas. Era lastimável ter de meter a Antena 3 no mesmo saco de RFM e Comercial, quando esta nunca teve esse objetivo, com estas alterações isso acabou.
A Antena 3 sempre teve programas de autor incrivelmente bons, mas em horários vergonhosos, agora é como se toda ela fosse uma rádio de autor, de bom gosto. Ter Portugália ao final da manhã é um luxo, com isto até sinto que possa voltar a ter o interesse que tive outrora por consumir música nova, para já agrada-me que recuperem boa música, mesmo ela sendo antiga.
Aconselho vivamente todos os que gostam de música alternativa, ou apenas que gostam de música boa, a ouvirem a nova Antena 3. Mesmo os que acham que não gostam, pode ser que descubram novas sonoridades que jamais ouviram nas rádios nacionais privadas.
Conheçam a nova grela em: http://media.rtp.pt/antena3/ 

 

Balanço de 1 ano e 1/2 de exercício físico (sério) regular

Este mês de setembro faz um ano e meio que uma hérnia dorsal grave me atirou para o ginásio. Hoje seria incapaz de viver sem o Pilates, o cardio e as longas caminhadas, que faço com muito mais facilidade. Sim as pessoas são estranhas, comparo-me às pessoas que deixam de fumar e depois perseguem quem fuma. É a mesma coisa, hoje não entendo as pessoas sedentárias, como eu fui. 
Viva a sensação de: cansaço bom, realização numa poça de suor e dores musculares severas.

Comecei com muita resistência à coisa, confesso que, apesar de não ser completamente sedentária, não tinha a aptidão física de outros tempos. 
Quem me conhece sabe que sempre fui uma rapariga de grandes e rijas carnes, o que se chama cá na terra uma rapariga mociça, vejo-me como uma espécie de padeira de Aljubarrota. Não foi a pensar ser a Sara Sampaio que comecei a fazer exercício físico, mas porque com 29 anos (talvez possa ter pesado a proximidade dos 30) estava a perder qualidade de vida e comecei a refletir sobre isso. 
Tinha dores de costas terríveis, andava curvada e nas caminhadas no Geres fazia uma triste figura; ainda não sabia que tinha arranjado uma hérnia dorsal a pegar uma bacia de roupa molhada (daí as dores). Obriguei-me a fazer qualquer coisa para ganhar qualidade de vida, não bastava fazer dieta para perder peso, precisava de reforço muscular nas costas. Estava tramada pensei eu, Enganei-me!
Atualmente levanto-me às 6:00 da manhã para ir treinar, feliz da vida porque realmente o dia corre melhor.

Passados 18 meses de ginásio... 
Fiz: várias aulas de Pilates, muito cardio, algum PT.
Trabalhei com:  muita responsabilidade, perseverança, responsabilidade e determinação. 
O que ganhei: flexibilidade (mais de 10 cm), massa muscular, autoconfiança, auto-estima, capacidade de sacrifício, energia, muitas dores musculares - das boas - e a postura de pivot de telejornal.
O perdi: massa gorda (cerca de 5%), pulsações por minuto (aproximadamente menos 20 por minuto), tensão arterial, muito volume e passividade.
Não perdi muito peso, porque o exercício físico dá fome, muita fome e ainda que tenha algum juízo não dá para muito...
Pode não ser muito, não seria capaz de fazer uma maratona nem um trail, mas cada um tem as suas conquistas. Estas são as minhas, estou orgulhosa e quero mais :) 

Devo isto a mim e só a mim, mas se não fossem os médicos baterem-me na cabeça à força toda, o Vicente a dar o exemplo e o Professor Mota a picar-me era tudo mais difícil, muito mais difícil. 


A careca de Laura Ferreira

Estou indignada com o que se tem dito e escrito sobre a Sra Laura Ferreira, apenas por ter aparecido em público sem temer a sua condição de doente oncológica. O que mais me chateia é isto ser sequer assunto de capa. 
Pensava que era do conhecimento geral que a esposa do Primeiro Ministro estava com problemas de saúde, achava que já se tinha falado demais sobre os problemas oncológicos da senhora no último ano. Nunca me pareceu que os próprios quisessem explorar a condição da Senhora, sempre foram muitos discretos, até porque há muito mais do que falar na política portuguesa e europeia. 
Achei que todos foram sempre pouco simpáticos e cordeais com a situação da vida pessoal desta família, independentemente da cor política, acho isto lamentável. As pessoas sofrem, são humanas, especialmente o português comum tem-se portado mal quando fala sobre o assunto; estamos todos a sofrer mas não se deseja mal a ninguém.
Foram recatados e tentaram resguardar a sua privacidade, as pessoas não se podem, nem devem esconder. Agora SÓ porque apareceu careca a senhora e o seu marido são apontados, por isto e por aquilo. E se tivesse aparecido com californianas o que diriam?! 
Facto é, a Sra. Laura tem cancro e tal como outras mulheres e homens, assume a sua careca e todas as outras consequências de quem sofre com deste flagelo transversal. Eu, como todas as pessoas, conheço e convivo com pessoas que sobreviveram ao cancro, que tentam sobreviver e que não sobreviveram a esta doença que consome todos os que estão doentes e os que os rodeiam.
Penso que já basta de tanto falatório, esta família e os seus amigos, têm o direito de viver a sua vida. Optou por não usar peruca, qual é o problema?! Como mulher imagino (ainda que a minha imaginação não consiga jamais alcançar tal provação) que não seja fácil lidar com tudo isto, mas é preciso andar para a frente e agarrar o touro pelos cornos, foi o que ela fez. Tem os no sítio e está com certeza pronta para a atirar isto tudo para trás das costas, porque está mais preocupada em sobreviver. 
A senhora esteve demasiado tempo sem acompanhar o marido e agora que o pode fazer não se deve esconder (até porque a concorrência deve ser feroz), além de ter uma filha pequena a quem tem de explicar tudo o que está a acontecer. É uma mulher normal, deixem a senhora ser o que é. Força nisso, Laura!

E que bonita que está...


As mulheres e a escravidão do aspecto físico…

Socialmente é exigido às mulheres que satisfaçam determinados parâmetros físicos, independentemente dos sacrifícios que isso implique. Caso não obedeçam ao que está instituído são adjectivadas de várias formas, normalmente nada simpáticas. Sim é machismo e nós compactuamos…


Dada a correria a que tenho assistido ao ginásio, aos nutricionais e às esteticistas nesta época do ano; apeteceu-me escrever sobre isto.

Na minha experiência pessoal, de mulher volumosa e voluptuosa - que gosta de comer e sabe cozinhar - sofro com os pequenos prazeres da gula, porque ficam 5 minutos na boca e uma vida na anca. Não bastasse ser um pecado mortal, coisa que não me tira um segundo de sossego, ainda tenho de olhar para ele todos os dias.

A cultura da magreza em detrimento da saúde deixa-me perplexa. Passo a explicar o meu ponto de vista, por pontos.

Comida:
Não devemos viver obstinadas por sermos magras, mas por sermos saudáveis. Da minha parte, faço uma dieta saudável e equilibrada, com base em produtos locais e sazonais, pobre em sódio, potássio e fósforo (para poupar os meus débeis rins). Só luto para controlar as quantidades ingeridas, porque sou uma bela cozinheira e não me facilito a vida.

Exercício Físico:
Faço-o todo o ano porque me sinto melhor, diminuí a dores musculo esqueléticas, aumentei a auto estima e, feito pela manhã, mantém-me bem-disposta o resto do dia. Não há milagres, não esperem entrar no dia 1 de Março para o ginásio como a Moby-Dick e sair no 1 de Julho como a Sara Sampaio. Eu prefiro ter resultados todo o ano, não apenas rebentar-me em três meses, para em Outubro estar tudo perdido.

Estética e tratamentos:
Faço o que é necessário para estar apresentável - pois trabalho com pessoas e a apresentação conta – e sentir-me melhor, mais leve e menos cansada (recomendo massagens drenantes todo o ano). Não esperem que umas máquinas, umas massagens e uns cremes façam em meses o que vocês não fizeram a vida toda. A gravidade causa danos irreparáveis, devemos tentar evitá-los, uma vez instalados temos de nos conformar e viver com isso!

Ah, para nada disto o tabaco ajuda, se não deixaram de fumar por temerem o cancro, deixem por temer envelhecer.



Sempre fui uma rapariga de avantajadas dimensões, ainda que proporcional, seria um expoente máximo de beleza num século longínquo, mas no século XXI não será bem assim. Sofro com isso?! Na maioria do tempo não, mas uns minutos por ano (especialmente a primeira vez de biquíni) sim.
Por tudo isto, tenham um estilo de vida saudável, tenham um Índice de Massa Corporal (IMC) que vos dê saúde, mobilidade e auto-estima. Façam o que têm a fazer para estarem felizes e se sentirem realizadas, porque também não estamos bem quando o invólucro não nos agrada. Normalmente a genética e o metabolismo não ajudam e a maioria das pessoas que dizem que não faz nada e é magra, mente… Não façam promessas aos santinhos, mexam-se pela vossa saúde.

Nota: Não sou nada feia, sou bastante sexy e um dia, assim o permita a gravidade, terei um corpo sem partes gelatinosas. Mas não será de Março para Julho, certamente.

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