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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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Chernobyl (A série)

A série é soberba, por muito que goste de outras, entendo o porquê desta minissérie ter arrecadado tantos prémios. No final do primeiro episódio estava bastante perturbada e angustiada, já vi muitos filmes e séries mas não tenho memória de algum ter este impacto em mim [Talvez só O Rapaz do Pijama às Riscas].

Talvez estas sensações estejam agudizadas pelo que experienciei aquando deste acontecimento histórico (como escrevi antes); e obviamente que o facto de por serem acontecimentos reais, com extenso impacto em vidas humanas e numa extensa área afetada. Assim, logo no primeiro episódio percebi que ia ser uma excelente série, a sensação de realidade que nos dá é muito poucas vezes conseguida, de forma tão eficaz.
Vou tentar evitar contar a série - mesmo sendo sobre factos reais e todos sabermos como acabou, mesmo conhecendo algumas curiosidades como a da ponte da morte - existem muitos factos revelados que tornam a série um verdadeiro documento histórico muito interessante e envolvente, não quero estragar isso.
Começamos logo a perceber que aquilo foi um conjunto de disparates gerado por menos de um punhado de homens com: grandes egos, muita arrogância, ganância e alguma ignorância e até ingenuidade. E isso perturba ainda mais, porque de facto não tinha de ser assim.


A série está muito bem escrita, muito bem produzida e realizada e os atores são absolutamente brilhantes; imagino que o orçamento tenha sido astronómico (não encontrei dados sobre isso, mas só os cenários…).
Tem de ser destacado o trabalho dos três atores principais: Jared Harris, Stellan Skarsgårde e Emily Watson; nos papeis de Valery Legasov, Boris Shcherbina e Ulana Khomyuk, respetivamente. Estas são personagens complexas, reais (exceto a última, que foi criada para representar toda a comunidade científica envolvida neste desastre, o que não a torna mais fácil) e construídas a partir da informação existente, que atendendo ao contexto não deve ser muita. Tudo isto culminou num excelente resultado só possível com muito talento, mas também muito trabalho feito antes das rodagens. 

  • Valery Legasové um cientista soviético que é intimado pelo governo para explicar o que se passou e ajudar a decidir o que fazer neste caso, é um homem admirável. Se aquilo não foi pior a ele, e a Boris Shcherbina, se deve. Ele é o espelho de uma União Soviética em decadência, alguém que já comungou dos ideais, mas com o passar do tempo percebeu que aquilo não correu como seria de esperar. Põe a sua vida em risco várias vezes pelas posições que toma, pela defesa da vida humana e pela reposição da verdade.
  • Boris Shcherbinao homem errado que afinal foi o certo. A personagem é bastante complexa e muda ao longo da série; à medida que experiencia vários dilemas: morais, éticos e existenciais. É na minha opinião a melhor personagem e a melhor interpretação de todas.
  • Ulana Khomyuk a segunda melhor personagem da série, muito complexa e bem interpretada não podemos deixar de admirar a sua coragem, determinação e humanidade.

    Portanto, toca a ver este incrível documento histórico tão brilhantemente concretizado. Considero que dada a sua importância bem podia ser passado nas escolas, como introdução à tabela periódica.  
    Preparem-se para um choque de realidade, seguidos de alguma angústia e perturbação. Se não mexer com vocês procurem ajuda, é impossível no final daquilo tudo não ter vontade de bater naqueles três palermas 

     

     

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