Balanço de 1 ano e 1/2 de exercício físico (sério) regular
Este mês de setembro faz um ano e meio que uma hérnia dorsal grave me atirou para o ginásio. Hoje seria incapaz de viver sem o Pilates, o cardio e as longas caminhadas, que faço com muito mais facilidade. Sim as pessoas são estranhas, comparo-me às pessoas que deixam de fumar e depois perseguem quem fuma. É a mesma coisa, hoje não entendo as pessoas sedentárias, como eu fui.
Viva a sensação de: cansaço bom, realização numa poça de suor e dores musculares severas.
Comecei com muita resistência à coisa, confesso que, apesar de não ser completamente sedentária, não tinha a aptidão física de outros tempos.
Quem me conhece sabe que sempre fui uma rapariga de grandes e rijas carnes, o que se chama cá na terra uma rapariga mociça, vejo-me como uma espécie de padeira de Aljubarrota. Não foi a pensar ser a Sara Sampaio que comecei a fazer exercício físico, mas porque com 29 anos (talvez possa ter pesado a proximidade dos 30) estava a perder qualidade de vida e comecei a refletir sobre isso.
Tinha dores de costas terríveis, andava curvada e nas caminhadas no Geres fazia uma triste figura; ainda não sabia que tinha arranjado uma hérnia dorsal a pegar uma bacia de roupa molhada (daí as dores). Obriguei-me a fazer qualquer coisa para ganhar qualidade de vida, não bastava fazer dieta para perder peso, precisava de reforço muscular nas costas. Estava tramada pensei eu, Enganei-me!
Atualmente levanto-me às 6:00 da manhã para ir treinar, feliz da vida porque realmente o dia corre melhor.
Passados 18 meses de ginásio...
Fiz: várias aulas de Pilates, muito cardio, algum PT.
Trabalhei com: muita responsabilidade, perseverança, responsabilidade e determinação.
O que ganhei: flexibilidade (mais de 10 cm), massa muscular, autoconfiança, auto-estima, capacidade de sacrifício, energia, muitas dores musculares - das boas - e a postura de pivot de telejornal.
O perdi: massa gorda (cerca de 5%), pulsações por minuto (aproximadamente menos 20 por minuto), tensão arterial, muito volume e passividade.
Não perdi muito peso, porque o exercício físico dá fome, muita fome e ainda que tenha algum juízo não dá para muito...
Pode não ser muito, não seria capaz de fazer uma maratona nem um trail, mas cada um tem as suas conquistas. Estas são as minhas, estou orgulhosa e quero mais :)
Devo isto a mim e só a mim, mas se não fossem os médicos baterem-me na cabeça à força toda, o Vicente a dar o exemplo e o Professor Mota a picar-me era tudo mais difícil, muito mais difícil.