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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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Workin’ Moms

É uma Sitcom canadiana, muito pouco convencional, mas real e atual. Numa sociedade que nos impõe checklists de felicidade, comportamentos e expectativas é bom ter no ecrã pessoas anormalmente normais: mulheres profissionais e com filhos.

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Atualmente noto uma dicotomia sobre a maternidade que não percebo muito bem de onde surgiu, mas que não gosto. Existe:

  • Queres ser feliz como individuo, ter carreira e fazer coisas? Esquece os filhos.

Esta glorificação do individuo, é estranha para alguém como eu, um ser social. A ideia de que para seres feliz tens a checklist: carreira, dinheiro, viajar e fazer coisas, onde uma criança não entra.

  • Queres ter filhos? Esquece que és uma pessoa.

Temos a versão maternidade como missão, como ação exclusiva e eterna do quotidiano. A lista onde só cabe o bem-estar da família e dos filhos.

 

Esta série, como alguns exemplos à minha volta, mostra que é possível um “equilíbrio” entre as duas correntes. Alguma coisa sem receitas, sem expectativas, sem julgamentos e com o apoio de um núcleo duro. Ser mulher, profissional, mãe, feliz e um ser sexuado é possível, mas não é perfeito. A questão central é: faz sentido de outra forma?!
Fácil?! De forma nenhuma.
Seguindo uma das duas correntes é mais fácil?! Claro, porque estamos simplesmente a seguir uma das duas manadas que já tem a checklist definida.
Numa sociedade cada vez mais polarizada, este é só mais um exemplo do eles e nós dos tempos modernos.

 

Os Miseráveis, filme de 2019

Lembrai-vos sempre de que não há ervas daninhas nem homens maus:  

- Há, sim, maus cultivadores.

Les Misérables, Victor Hugo

Miseraveis.jpg

Esta frase surge no final do filme, mas resume-o na perfeição.

A problemática do filme, é transversal a todo o mundo, não é nova, não é desconhecida, mas é sistematicamente ignorada por todos. A segregação racial vivida nas (nossas) grandes cidades, como uma guetização social pós-colonial.

A organização social que temos nos países desenvolvidos gera: problemas sociais, consequentemente criminalidade; discriminação e segregação, com um fosso cada vez maior e mais difícil de reverter entre “classes”; um discurso de eles e nós que estranho e não aceito. Vivemos numa sociedade organizada e estratificada pelo sítio onde vivemos, a escola onde estudamos e as pessoas com quem nos relacionamos, a bolha que nos produz.

Este filme é sobre isso, os diferentes produtos dos bairros sociais que são barris de pólvora, onde não há certo nem errado, mas sobrevivência. Tanto as personagens como a narrativa são quase exclusivamente masculinas. Tem excelentes representações, onde se destaca Djebril Zonga, um perfeito desconhecido, com uma representação irrepreensível e uma presença magnética. A narrativa mostra a organização policial e marginal destes bairros, onde todos vivem à margem da realidade de outros locais, com dinâmica própria, numa espécie de equilibro disfuncional.

Até que um pequeno acontecimento é a faúlha que acende aquele barril de pólvora. Uma criança rouba um leão bebé de um circo, gera uma tensão entre grupos, a polícia tenta resolver esse problema para manter o local funcional. A intervenção policial com uma ação errada, seguida de um conjunto de decisões ainda piores, faz despoletar a violência latente.

Este é um drama social, uma descrição de dentro para fora e um excelente ponto de partida para uma reflexão sobre o que queremos deixar para trás. Que Homens produz a nossa sociedade? Temos a geração a mais informada de todos os tempos, mas a menos reflexiva e crítica. A que age atrás de um ecrã, mas isso não se reflete no quotidiano. Seremos a geração mais egocêntrica e menos empática da história da humanidade?!

 

Viúva Negra (filme da Marvel)

A verdade é que ansiava por este filme, não consumo só grandes e densas histórias. Andar ao pontapé, a correr e ao estalo, tudo envolto numa história de complexidade média, pode ser um deleite. Assumo-me culpada, gosto do universo DC e Marvel, aprecio um bom filme sem grande conteúdo.
(Nota: não são fã de Star Wars, nem tanto.)
Adorei o filme, achei um dos melhores Marvel em nome individual. Existia a dúvida se uma personagem como a Viúva Negra, por ser secundária na BD, “aguentaria um filme sozinha” e aguentou bem. Convém explicar que a Viúva Negra é só a Scarlett Johansson, a mãe dela é a Rachel Weisz, bastava isto o filme já ter por onde se aguentar.  

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A verdade é que ansiava por este filme, não consumo só grandes e densas histórias. Andar ao pontapé, a correr e ao estalo, tudo envolto numa história de complexidade média, pode ser um deleite. Assumo-me culpada, gosto do universo DC e Marvel, aprecio um bom filme sem grande conteúdo.
(Nota: não são fã de Star Wars, nem tanto.)
Adorei o filme, achei um dos melhores Marvel em nome individual. Existia a dúvida se uma personagem como a Viúva Negra, por ser secundária na BD, “aguentaria um filme sozinha” e aguentou bem. Convém explicar que a Viúva Negra é só a Scarlett Johansson, a mãe dela é a Rachel Weisz, bastava isto o filme já ter por onde se aguentar.  

A história explica a génese da personagem e a ação menciona o enredo do Capitão América-A Guerra Civil, se não conhecem devem ver este filme primeiro até porque é bom. A ação decorre enquanto a Viúva Negra foge da justiça americana, nessa fuga reencontra a irmã e decidem terminar com a sala vermelha e o seu criador, destruir a fábrica das Viúvas Negras, basicamente é isto. Os efeitos são ótimos, há mulheres para todos os gostos, perseguições de carro, avião, mota e helicóptero. Também gosto de ver as mulheres a darem porrada e a protagonizar um filme deste universo. Penso que será o melhor filme do género protagonizado por uma personagem feminina, gostei mais deste do que da Capitã Marvel, tendencialmente prefiro heróis humanos a malta com superpoderes.
Recomendo vivamente e é daqueles que vale a pena ver no cinema, porque os efeitos são bons e justificam o preço do bilhete. Se têm uma boa televisão e sistema de som, fiquem em casa e vejam na TV.

 

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