O Douro à Pendura, N222 (a volta)
Saímos cedo para aproveitar a viagem, as vistas e o percurso. Viajar de moto é muito diferente do que viajar de qualquer outra forma, é mais intenso e mais fácil apreciar o que nos rodeia (facilmente se encosta e se abre a viseira). Por isso queríamos aproveitar!
Levávamos um itinerário planificado de casa, mas os nossos companheiros de viagens tinha outro plano e decidimos conjugar os dois.
Saímos de Vila Nova de Foz continuamos pela N222 e engatamos na N220, foi uma excelente surpresa: encontramos um miradouro para observação de aves, que simplesmente adorei. Onde nos deixamos ficar num exercício de contemplação. Ficamos largos minutos a observar e admirar: os voos, as rotinas e a beleza das aves de rapina e das suas crias.
Seguimos pela N220 até Torre de Moncorvo com as habituais vistas estonteantes e as barragens avassaladoras. Aí a dupla partiu-se os nossos companheiros seguiram para iniciar a N2 e nós apanhamos a nossa rota.
Para o regresso tínhamos traçado a volta pela margem oposta da ida. Assim, íamos pela margem Sul e voltávamos pela Norte. Marquei alguns pontos essenciais de modo a passarmos pelos locais pretendidos e fomos ajustando a rota manualmente no GPS, tudo antes de sair da casa, uns dois dias antes.
Neste regresso andamos pelas N220, N221, N332, várias estradas secundárias e em Amarante apanhamos a autoestrada até casa, Viana do Castelo. Como em 75% das vezes, apanhamos uma ventania descomunal de Amarante ao Porto o que é terrível quando se anda de moto, muito cansativo e desgastante.
O trajeto para esta segunda parte da viagem não foi cumprido na integra, com muita pena minha. Porque a N222 é incrível, mas ainda estava a gostar mais deste trajeto.
É sempre muito difícil destacar algo, porque o Douro tem aquela capacidade incrível de nos surpreender a cada visita. No entanto, realço o incrível trajeto de descida para a estação final da linha do Tua e os quilómetros seguintes ao lado do Douro (N212/214), nunca tinha lá passado e fiquei realmente impressionada; a sempre fabulosa N322-3 que nos leva até ao Pinhão, onde paramos e pensamos realmente estender o fim de semana por mais 1 ou 2 dias, é avassalador aquele trajeto, mas tínhamos de voltar ao trabalho.
Declaradamente o Douro precisa de 4 ou 5 dias, é demasiada: beleza, paz, natureza, paisagens e estradas incríveis, para apenas um fim-de-semana.