AVÔS
Na minha vida não tive avôs (quando nasci um já tinha falecido e o outro faleceu quando eu tinha 20 meses), tive no meu pai a principal – quase exclusiva - referência masculina da minha vida, vivi essencialmente rodeada de mulheres.
Apesar de não ter memória de qualquer um dos meus avôs, o meu avô paterno foi sempre uma presença na minha vida através dos que o conheceram. Conhecido por ser um homem: honesto, integro, humano e bondoso, acabou por influenciar toda a família pela sua memória. Foi sempre uma figura respeitada por todos, mesmo em momentos de discórdia era invocado como símbolo de respeito e (quase) devoção. Era um bom exemplo para toda a família que o recorda com afeição e todos são unanimes em afirmar (talvez a única unanimidade que exista ali) que nenhum lhe herdou a totalidade das suas virtudes.
Hoje 24 de maio de 2019 eu tenho 34 anos e é o 33º aniversário da sua morte, ainda que não tenho feito materialmente parte da minha vida, o seu capital humano tornou-se imortal na sua descendência. Serei sempre a neta do Félix Carvalho (do Cunha).