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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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Glass, o filme

Depois de Split (Fragmentado) esperava tanto deste Glass, mas não aconteceu. M. Night Shyamalan fez muito melhor em Split do que agora, com três (quatro, se atentarmos à psiquiatra) atores tão fortes e três personagens tão boas esperava muito mais e melhor.
Quando vi pela primeira vez o trailer pensei: é desta que volta a ter um Óscar, mas não e obviamente que não.
O filme tinha imenso potencial mas não o concretizou: perdeu-se em coisas paralelas, momentos enfadonhos - sem grande carga dramática ou interesse-; as personagens não atingiram todo o seu potencial e foi até um pouco previsível; edição fraca; banda sonora mal escolhida; tudo tirou carga e peso dramático ao filme. O final foi “surpreendentemente” mau.
Bruce Willis tem, na minha opinião a melhor interpretação dos três; James McAvoy é brilhante em Split aqui nem por isso, ficou muito preso a três personalidades e alteração física que tinha quando a Besta assumia o controlo não foi tão impressionante como antes; Samuel L Jackson, apesar de ser a figura central, não tem o protagonismo desejado.
O filme acaba deixando no ar o início de uma nova era, mas espero que fique por aqui. Sabemos que M. Night Shyamalan passa muito facilmente de bestial a fracamente mau, foi o que aconteceu com este filme.   
The End

 

Birdman, o filme

Atendendo à grande controvérsia que gerou na altura, ao elenco, ao número e relevância dos prémios que ganhou; é escandaloso que ainda não o tenho visto. Vi esta semana: entre semestre, sem trabalho a jorrar, com uma gripe aí a espreitar e algum tempo para estar uma manhã a chocar no sofá. 
Fiquei bastante impressionada com o filme, em vários pontos:

1. A crítica aos estados do cinema e da sociedade atual é muito pertinente. A frase "Haverá algum bom ator a quem ainda não tenham posto uma capa?" atira-nos para o atual domínio da Marvel, DC e Disney nas salas de cinema; sem estas etiquetas muitos atores não teriam trabalho. O próprio Michael Keaton é um incrível Batman, que nos mostrou o potencial de Tim Burton e uma banda sonora de Prince. E então qual é o problema? Para mim nenhum, mas para os puritanos da arte talvez.
Facto é -que tirando um punhado de bons atores e atrizes; que normalmente produzem, pagam, esses mesmos filmes - quem nunca fez nada Marvel, DC ou Disney?! Esforcem-se, muito mesmo, para pensarem em nomes. No fim sobram: Brad Pitt, Christoph Waltz, Diane Keaton, Sean Penn, Keanu Reeves e poucos mais. Se pensarem em nomes como: Merryl Streep, Anthony Hopkins, Angelina Jolie, Hallie Berry, Charlize Theron, Keira Knightley, Natalie Portman, name it já todos se renderam aos cashes milionários de um bom filme de cinema fantástico ou a uma adaptação de contos infantis. 
PS: Eu gosto, sem preconceitos. Na DC sou fã do Batman (prefiro os heróis DC aos Marvel) e vi todos os Marvel (onde prefiro o Iron Man e o Wolverine), estes são filmes que valem a pena ver no cinema. O que faz de mim uma madrinha bastante cool...

  1. O quão implacável, estereotipada e comercial é a arte. O cinema é uma indústria implacável no aspeto físico dos atores, então das atrizes nem se fala; a idade é quase um crime de lesa-pátria. A falta de redes sociais faz com a pessoa não exista, porque só existe e vende quem está na rede.
    Neste filme a personagem principal é um actor (quase falido, pai ausente, com uma crise de identidade e na meia idade) que tenta mostrar que sabe representar, indo para o teatro. Algures uma jornalista de teatro (cheia de preconceito e rancor porque não foi atriz) diz-lhe: "Você não é ator. É uma celebridade.". Mas não, Michael Keaton desempenha um excelente papel, é um grande ator e fico satisfeita que tenha reaparecido tão brilhantemente; as cenas com Edward Norton (já foi um péssimo Hulk) são absolutamente extasiantes. Que magnífica reflexão sobre o estado da arte. 

    3. A parte técnica do filme é muito boa: realização, roteiro, luz, banda sonora e edição são irrepreensíveis. Havia muito a dizer mais isto já vai longo.

    Para mim este filme é uma obra-prima do cinema. Dá-nos uma perspetiva real e crua, que nos leva a refletir sobre o estado da arte e da sociedade atual.
    Neste ano em que temos o Pantera Negra (longe de ser o melhor Marvel) nomeado para melhor filme. Será que no cinema, tal como na música, não há nada de novo que seja realmente digno de prémio?! Claro que há, mas tal como em todos os outros ramos o cinema é também um lobby. 
    Birdman é um chuto no balde da sétima arte, daqueles chutos bem grandes.

 

 

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