Muito se escreve e se fala do papel da Mãe na vida de um filho ou de uma filha e tão pouco se fala sobre o papel de um Pai. Basta fazerem uma busca e em português pouco mais se encontra do que Florbela Espanca (que a bem da verdade: não tinha a relação mais saudável com o pai). Podemos analisar isto como uma consequência da tão falada relação Pai-Filha e da pouco relevância (facto) que a Mulher tem na literatura, não só portuguesa mas mundial.
Por outro lado, temos imensos artistas que mostram o seu desagrado e lamentam a ausência de um Pai na sua vida, especialmente masculinos (por exemplo: Eminem, Stromae, Fernando Pessoa …).
Porquê este tema, o meu Pai faz anos e eu serei sempre a Menina do Papá.
É comum notarem que temos uma boa relação, temos afinidades e pontos de discórdia como quaisquer duas pessoas que se relacionam muito. O Papel do meu Pai é absolutamente determinante na pessoa que sou. Não apenas financeiramente (pagou todas as despesas de educação e sustentou me até onde foi necessário), como a nível da personalidade e de ideais. Princípios como honestidade (seja ela intelectual ou ideológica), solidariedade, entreajuda, preocupação com o outro e com o mundo que me rodeia. Olhar para a sociedade como um todo e não como a dúzia de pessoas que me rodeia.
Eu estou incondicionalmente ao seu lado e ele ao meu, não porque nos unem laços de sangue mas porque partilhamos uma vida; a educação que ele me deu é algo eterno e imortal.  

O meu Pai não teve filhos, mas teve filhas e apesar de não levarmos o seu nome até à posteridade (hoje não é bem assim) levamos os seus princípios connosco e passaremos adiante; essas coisas relevantes e que fazem do mundo um lugar melhor.

PARABÉNS PAI!
(Venham mais 60)