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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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Pão de ló húmido

Em tempo de Páscoa, a pedido de várias pessoas, vou publicar a última versão (para mim a melhor) do meu pão de ló húmido.

1) 4 ovos inteiros+5 gemas + 200 g açúcar, bater tudo 20/30 min até triplicar o tamanho.

Nota 1: isto para ovos caseiros, se forem a aviário juntem mais uma gema

 

 

2) Depois disso, juntar 90 g de farinha peneirada aos poucos e bater bem.

 

 

3) Verter para uma forma redonda forrada com papel vegetal.

Nota 2: Se a forma tiver um diâmetro pequena (inferior a 20 cm) devem pôr mais tempo

 

4) Deixar cozer 15 min a 180 graus com o forno bem aquecido.

Nota 3: Podem e devem ajustar o tempo de cozedura à vossa preferência, mais ou menos líquido.

 

Não comer quente, não é tão bom e a consistência não é a ideal.

Fácil e saboroso, se alguém quiser pode oferecer-me uma batedeira com braço ou uma bimby. Assim deixaria a minha estratégia de entalamento da varinha para fazer o pão de ló 

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O Mordomo (filme)

Vi ontem na RTP 1 um grande filme, O Mordomo. 

Este filme foi muito falado em Portugal porque tem como autor da banda sonora Rodrigo Leão, que esteve pré-nomeado para os Óscares. Caso contrário, seria mais um filme a passar sem grande destaque, ainda assim não esteve em todas as salas de cinema. Acabei por vê-lo na tv.

Infelizmente temáticas históricas, políticas e de direitos humanos levam muito pouca gente ao cinema; talvez por isso tenhamos uma sociedade que rapidamente se esquece de onde veio, do que fez e dos erros históricos que cometeu. Assim, ninguém aprende nada além de super-heróis, animais falantes e filmes sobre espaço (com rigor científico duvidoso). Nada contra, também os vejo mas há muito além disso!

Interessam-me pessoalmente as temáticas dos direitos humanos (especialmente as lutas pela igualdade) este é um ótimo filme para percebermos o que é segregação racial, mão de obra escrava - clara ou encoberta- e apartheid.

O filme foca-se na história de um pai negro (o Mordomo), que tem a sua vida marcada por ter visto o seu pai ser executado por um senhor branco, porque este emitiu uma palavra após o senhor ter usado a sua esposa e mãe do seu filho. No século XX um branco matava um negro no EUA e nada acontecia, o filme mostra também que o Sul (início da ação) era, talvez continue a ser, particularmente cruel com as diferenças. Este facto marcou fortemente a personagem central que, por uma questão de sobrevivência, tentou sempre não ser notado. 

No outro extremo temos o filho do Mordomo que se torna ativista na luta pelos direitos dos negros, que tem vergonha da subserviência do pai. Ambos pai e filho são determinantemente marcados pelas atitudes dos seus pais e isso transforma-os. 

Este mordomo começa por ser "negro de casa" do assassino do seu pai, depois de um hotel de província, em seguida de um hotel de luxo e acaba a servir vários presidentes dos EUA. É mordomo direto de alguns dos mais emblemáticos presidentes, nomeadamente Eisenhwer, Kennedy, Nixon e Reagan.

Este homem desempenha nos bastidores uma grande mudança na mentalidade destes presidentes, primeiro porque tinha o seu respeito e atenção; depois porque eles sabiam enquanto aquele homem os servia o filho era espancado, preso e humilhado por ter um tom de pele diferente. É essa proximidade que desencadeia ações, especialmente em Kenedy. O Mordomo nunca pede que intercedam pelo filho, sofre e serve em silêncio.

Este homem tem apenas duas lutas ao longo de filme a igualdade de direito laborais dos serviçais da Casa Branca (que até aos anos 70 descriminava os salários e as progressão pela cor da pele) e manter uma família em clima de medo, guerra e constante convulsão social.

Uma história verídica que faz pensar, muito, sobre como podemos ser estúpidos e cruéis com o nosso semelhante. Não me identico, nunca me identificarei, com discursos de ódio e segregação de qualquer tipo. Mas para quem tem dúvidas veja o filme e depare-se com o ridículo da discriminação. A reflexão sobre acontecimentos históricos pode ser uma aprendizagem, porque é possível aprender com os erros dos outros.

Grande atores negros e brancos, uma Oprah que foi uma bela surpresa, grande roteiro, argumento e banda sonora. Enfim, nada melhor do que história real para nos fazer pensar e deitar uma lágrima.

 

No final deste filme senti vergonha por ser caucasiana - felizmente não sou muito clara, loira e nem tenho olhos azuis; se assim fosse envergonhar-me-ia diariamente. Felizmente tenho traços judeus e um gene de raça negra (que me vale uma doença rara) dos quais me orgulho, porque eles estiveram do lado certo da história. Prefiro ser confundida com uma norte africana do que com uma ariana. Muito me entristece ver que o Homem não aprendeu nada com o seu passado recente, até com o seu presente, e continua a glorificar a segregação e a guetização dos que há muito deixaram de ser uma minoria. 

 

 

 

 

 

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