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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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A nova Antena 3, a alternativa pop

Não poderia deixar passar em branco as alterações na Antena 3, rádio de que tanto gosto e na qual sempre tive a esperança que se torna-se melhor. Assim foi!
A nova Antena 3 tornou-se efetivamente (como diz o slogan) uma alternativa pop, entenda-se com isto que passa maioritariamente música alternativa - entendo que esta é toda a música que foge do main stream vigente nas rádios de difusão nacional.
Há já algum tempo deixei de ouvir rádio nas minhas deslocações de carro, já bastava a condução para irritar, não preciso de juntar a isso música má. Como ouvi falar nas alterações na Antena 3 e pareceram-me boas, especialmente no segmento da manhã, dei uma hipótese, foi o melhor que fiz.
As duplas Ana Galvão e Joana; Luís Oliveira e Ana Markl (esta última locutora, claramente, ainda em fase de adaptação) são fabulosas. O gosto musical é bom, tenho aqui de destacar o Luís Oliveira, que se deve sentir muito mais realizado, com a liberdade dada fora da antiga (miserável) lista de músicas. Era lastimável ter de meter a Antena 3 no mesmo saco de RFM e Comercial, quando esta nunca teve esse objetivo, com estas alterações isso acabou.
A Antena 3 sempre teve programas de autor incrivelmente bons, mas em horários vergonhosos, agora é como se toda ela fosse uma rádio de autor, de bom gosto. Ter Portugália ao final da manhã é um luxo, com isto até sinto que possa voltar a ter o interesse que tive outrora por consumir música nova, para já agrada-me que recuperem boa música, mesmo ela sendo antiga.
Aconselho vivamente todos os que gostam de música alternativa, ou apenas que gostam de música boa, a ouvirem a nova Antena 3. Mesmo os que acham que não gostam, pode ser que descubram novas sonoridades que jamais ouviram nas rádios nacionais privadas.
Conheçam a nova grela em: http://media.rtp.pt/antena3/ 

 

Os famosos cruzeiros no douro

No último final de semana 10 e 11 de Outubro fui fazer um programa  que se adivinha extraordinário, uma experiência única, que está escrita na lista de coisas a fazer de qualquer português; um cruzeiro de 2 dias pelo Rio Douro desde o Porto até Barca de Alva (ou seja, desde a foz do rio até à fronteira com Espanha) na empresa ROTA DO DOURO. Tinha vales para gastar em viagem e a tratava-se de fim de semana muito especial, no sábado o meu homem festejava o seu aniversário e no domingo comemorávamos 5 anos de namoro.
Este artigo visa a viagem por etapas, com descrição. No entanto, a experiência que os meus pais tiveram noutra companhia foi substancialmente diferente, pelo que posso fazer comparações baseadas em fontes fiáveis :) 



A partida: 
Dirigimo-nos à Ribeira do Porto para embarcar, logo à partida tivemos dificuldade em saber qual o local de embarque. Nada estava assinalado com o nome da companhia e os barcos ainda não tinham chegado, num dia de anunciado temporal (tivemos sorte não choveu) partimos com um atraso de 50 minutos. Atrasos para mim são coisa séria, revelam falta de profissionalismo e de consideração. 
Fomos dos primeiros a chegar mas entretanto vieram os rebanhos de excursões e formaram filas, e nós sem perceber nada daquilo e sem avistar ninguém, acabamos por entrar porque perguntamos a quem (sem identificação nenhuma) andava de papeis na mão. 
O avistamento da embarcação foi uma enorme desilusão, frustração e um desgosto, tratava-se de um cacilheiro adaptado, com ferrugem, casa de banho duvidosa e uma área comum (tipo refeitório) onde meteram um número considerável de pessoas. A sensação foi de que pagamos um produto anunciado como sendo de luxo e "vamos numa excursão num autocarro da Linhares". Pelo menos fomos à frente porque atrás o barulho dos motores e o cheiro a combustível era absolutamente insuportável.

A comida:
Quem me conhece bem sabe que eu não posso ter fome, nem ver gente brincar com a comida. É motivo para retaliação e rebelião. 
Pequeno-almoço no barco é o básico, mas comparado com o resto é bem bom.
Almoço no primeiro dia porco lombo com batatas, sem opção, está mal. Eu não como porco mas não tive outro remédio, porque depois disso fiquei 8 horas sem comer. No primeiro dia entre o almoço e o jantar estivemos 8 horas sem comer, sendo que pelo meio tivemos "uma prova de vinhos" sem nada para meter no estômago.
No segundo dia, deram-nos um arroz de pato que desconfio nem pato era.
Jantar em hotel 4 estrelas um nojo, uma vergonha, a gota de água...O Hotel Régua Douro muito afamado deu-nos como prato principal de um produto de luxo uma mixórdia de puré, lascas de bacalhau, delicias do mar, cogumelos de lata, ovo cozido e muita gordura; uma espécie da massa consistente que envergonha a cantina da minha escola. Servida como quem atira massa consistente a um muro, o que fez com que algumas pessoas saíssem sujas do jantar. Como disse o Vicente "parece que se esqueceram de preparar o jantar e despejaram no pirex (sim foi servido à colherada de um pirex) tudo o que havia na despensa e levaram ao forno!". De sobremesa uma torta vergonhosa que ninguém comeu ou um leite creme saído do frigorífico. Reclamei imediatamente, mesmo sem comer, todos os presentes estavam desagradados, mas como eu reclamei acharam que "não valia a pena reclamar toda a gente."
No segundo dia queriam deixar-nos sem comer entre as 16 e as 23, porque achavam que um lanche (uma sandes de queijo, 3 rissóis e 4 quadrados 3x3cm de bola) chegava. Curiosamente toda a tripulação que seguia no comboio ia abastecida com restos do lanche. Fizemos barulho, aí sim todos, e foi-nos dado um saco plástico para levarmos os restos do lanche para a viagem. 

A Tripulação:
Foi muito diferente nos dois barcos:
Barco Vale do Douro, do primeiro dia, foi uma desgraça até lá dentro se pegaram, estavam todos sujos, eram antipáticos e o chefe de sala era uma besta. 
Barco Transdouro (penso eu), do segundo dia, tinha uma tripulação fabulosa, limpa e asseada, um chefe de sala que era um verdadeiro líder, mesmo assim não há milagres porque não conseguem resolver tudo.

O Alojamento:
Os quartos destinados para os hóspedes da Rota do Douro eram virados para a estrada, sendo que o nosso em particular estava situado em frente ao elevador e junto ao reclamo luminoso que fez barulho a noite toda. Este tipo de quarto não foi dado a outros hóspedes, nomeadamente estrangeiros. 

A visita à quinta e a prova de vinhos:
Depois de 5 horas sem comer fomos para a Quinta do Seixo, do grupo Sogrape, uma quinta lindíssima, super bem arranjada e com uma vista top. Problema é que a visita foi 15 minutos (depois de uma hora de viagem de ida e outra de volta) onde vimos um marco, umas garrafas e umas pipas. A prova foi dois fundos de vinho do douro de supermercado.


Tudo o que não está relacionado com a empresa Rota do Douro:
A vista é fabulosa, as cores de outono dão à paisagem tons lindos e encantadores. Os desníveis da barragem são incríveis uma experiência a ter. Infelizmente não aproveitei na plenitude...
 
 
Conclusão:
Não comprem na Rota do Douro, a Barca do Douro é muito melhor.
Vale a pena, realmente, da Régua para cima. Podem ir de carro até à Régua e depois de barco, comboio ou mesmo de carro até ao Pocinho ou barca D'Alva. Fica bem mais em conta e é o que vale a viagem. 
Se quiserem passar nas barragens, optem por outra empresa.
Tudo o que a vista alcança é mágico, lindo de morrer inesquecível. 
A melhor colaboração Homem-Natureza que vi até hoje.
A vista é linda não morram sem o fazer! 



 

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