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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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O que diz Sócrates...Em ano de eleições (em entrevista à SIC a 05/01/2009)

Uma das coisas que muito me interessa, posso dizer mesmo que está no top 10 das coisas que mais me interessam, é a política porque dela depende o meu futuro. Por isso não posso deixar passar em branco a entrevista feita a José Sócrates por Ricardo Costa e José Gomes Ferreira, transmitida pela SIC.



  • A primeira entrevista de 2009 ao Primeiro Ministro português começou, como era esperado, pela polémica questão do estatuto dos Açores.
A quezília mais famosa dos últimos tempos, em momentos tão delicados como os que vivemos a vários níveis, principalmente económico-financeiro e geopolítico, faz-se questionar se: Valerá a pena tanto barulho por uma querela? Que, muito possivelmente, no final das contas não dará em nada...
Não serão os procedentes que esta quezília levanta mais graves que a própria questão em si?


  • Seguem-se os Investimentos/Obras Públicas, que me pareceu a parte menos esclarecedora de toda a entrevista.
Quando confrontado com os famosos projectos, que requerem grande investimento público, TGV, novo aeroporto de Lisboa e a 3ª travessia sobre o Tejo, José Sócrates responde que as auto-estradas, que têm construção prevista, são essenciais para o desenvolvimento do interior. O que é inegável, mas ficamos sem esclarecimentos sobre as questões colocadas. Aqui nada de novo...
Mas podemos estar tranquilos porque todos os investimentos previstos são "lucrativos", lucros garantidos pelos estudos feitos pela Universidade de Coimbra, instituição de inquestionável fiabilidade, mas se os estudos fossem uma base sólida para os investimentos não estaríamos a passar por esta situação economicamente tão frágil. Resta-nos esperar que os lideres políticos recorram a videntes, porque a fé nas previsões dos economista já era...
  • A estas afirmações tinha de seguir-se a incontornável Crise da Banca, claramente mais acentuada na banca privada.
1 000 000 000€ foi o que a Caixa Geral de Depósitos despendeu nas "intervenções" em outros bancos, para defender os depósitos dos portugueses dos gestores privados. E os gestores desses bancos ficam como? A sua responsabilização é feita, ou nem por isso?
Temos o BPN nacionalizado, com o dinheiro de todos nós, mas se me perguntassem se eu quero um banco eu dizia que NÃO, prefiro que baixem as propinas (garantindo assim uma igualdade de acesso ao ensino, como vem na Constituição) e façam os (ir)responsáveis responderem pelos seus erros.
No que concerne à salvação das empresas estabelecidas em território nacional a acção do governo parece-me plenamente justificada nesta entrevista. Através da salvação dos postos de trabalho, e por isso pessoas, e importações (importantes para o equilíbrio financeiro) garantidos por empresas "saudáveis e competitivas".

  • Last but not least temos o estado da Educação em Portugal.
O nosso chefe de estado salta em defesa da sua Ministra da Educação notabilizando o esforço, inegável, feito pela partes de onde resultou o Simplex da Avaliação dos Professores. Assim como é inegável que sem este governo não haveria avaliação dos professores que pode, de facto, contribuir para melhorar a forma como a sociedade vê a classe docente, mas este finca-pé governamental, que está a fazer dos professores os maus da fita, será alguma vez reversível?
Este Governo foi dos que mais mudou o Ensino em Portugal com ele vieram:
-As aulas de substituição, uma estratégia falhada para ocupar os alunos, que pouco mais é que impedi-los de sair da sala de aula quando um professor falta;
-As, tão publicitadas, Novas Oportunidades que assumem proporções industriais na distribuição de diplomas. O que nos permite estar, estatisticamente, ao nível do melhor da UE em cerca de 3 anos, que é pouco mais que o necessário para concluir o Ensino Secundário.

Lamentável é que este Governo, tão visionário, não veja que a Educação é mais do que números são pessoas, é o futuro do país que cheio de diplomas continua a ser vazio de competências..

  • O Gran Finale vem com o pedido de maioria absoluta para as próximas eleições legislativas, o que é um cenário bastante provável, não por mérito do governo mas, principalmente, por falta de alternativa na oposição. Será assim José Sócrates como Primeiro Ministro por mais 4 anos um mal menor?

Rever 2008..O PIOR

O Pior de 2008..AS URGÊNCIAS



Sei que 2008 já acabou, e pensei mesmo escrever só do que foi bom, mas neste 2º dia de 2009 tenho de falar do que pior me aconteceu em 2008...
Foi-me guardado para o penúltimo dia de 2008 o meu primeiro contacto com os Serviços de Urgência (SU) portugueses, fiquei horrorizada com o que lá se passa.
Fui acompanhar uma pessoa, muito querida aos SU do Centro Hospitalar do Alto Minho (Viana do Castelo), note-se que até lá fiz o que recomendam, primeiro fomos ao Centro de Saúde de onde saí com uma carta para o SU e aí começou o caos...
Logo à chegada confrontei-me com uma arrogância sem limites das recepcionistas, que por estarem atrás de um vidro acham-se seres possuidores de uma inteligência superior, capazes de tratar pessoas debilitadas com desprezo notável e arrogância desmedida. Após esta recepção segui-se o famoso, e claramente ineficaz, sistema de triagem Manchester, onde a carta que trazíamos não foi sequer aberta, resultado a pessoa que acompanhava que tinha tensões altíssimas e um possível diagnóstico de AVC tem prioridade média, porque a Sr Ministra Ana Jorge só se preocupou em preparar os SU para o flagelo da gripe.
Porquê campanhas para travar a mortalidade e prevenir sequelas do AVC se as coisas não funcionam?
A segurança dos SU foi também testada durante a minha estadia, porque mais de 6 horas já é estadia, e verifiquei que para todo o SU tem UM segurança. O resultado foi ver o serviço invadido por um individuo que esvoaçou com tudo (portas, macas, aparelhos...) e instalou o caos, do qual resultou a perda de várias fichas, inclusive da pessoa que acompanhava (pelo menos foi esta a justificação para a demora de 6 horas no atendimento), que só aconteceu porque desesperei, com o medo de sequelas, e exigi explicações para o que estava a acontecer.

A cronologia dos acontecimentos foi:
17h38 (30/12) entrada no SU
00h32 (31/12) início dos testes para o diagnóstico
01h38 (31/12) diagnóstico feito.

Num momento em que o governo se preocupa em salvar bancos, para não prejudicar as grandes fortunas, deixa os contribuintes sedentos de cuidados médicos atirados para bancos de uma sala de espera (quando os há vagos) durante mais de 6 horas. Tudo isto é um claro incentivo ao recurso aos privados...

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