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O Blog da Ervilha

Um blog sobre tudo o que me apetece.

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Don’t Look Up (2021)

Um dos filmes que ansiava ver, aparece regularmente associado a alterações climáticas, mas não vejo onde, nem que o encare como uma alegoria. Encontro astronomia e muita matemática, culpem o meu doutoramento por isto, em todo o filme só vejo dados: nos cálculos, nas aplicações, nas negociações, nas decisões, nas conclusões e no mercado. Todo o filme, toda a narrativa e toda a nossa vida se resume a dados.
Este filme mostra-nos, claramente, que a realidade em que vivemos é tão absurda que roça a paródia. Temos hoje um mundo em que os comentadores têm mais antena que os cientistas e as notícias vazias todo o palco, não deixando espaço para as verdades mais chatas e inconvenientes. Vivemos numa sociedade onde a felicidade é um produto; uma sociedade: egocêntrica, de entretenimento e imediatismo, de tal forma que seis meses é muito tempo e ter baterias para telefones é mais importante que ter planeta.

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Não acho que seja um filme sobre ambiente ou destruição em massa, parece-me uma reflexão sobre o mundo em que vivemos: a sociedade, a política e o grande capital, por muito marxista que possa parecer, é o que é. Estes são os meus olhos, as minhas vivências e as minhas projeções, cada um terá as suas e isso condicionará a sua visão sobre o filme.

As interpretações são boas, mas nada de muito marcante, não vejo ali óscares nem prémios por aí além. Tem um elenco incrível onde destacaria a Jennifer Lawrence e, em um ou outro momento, o Leonardo DiCaprio. Nas personagens encontramos inúmeros traços de figuras americanas, mais ou menos: populares, influentes e poderosas; acredito que a construção tenha sido complexa, mas não pasma.  

Já a banda sonora é boa. Tal como o Mindy não sabia quem era a Ariana Grande, nunca tinha ouvido nada dela, mas percebo que ela traga ao filme um público que de outra forma não o veria. Concluí que ando a ouvir muito Bon Iver, no final do filme à primeira palavra reconheci a voz do Justin, culpem a minha necessidade de ter uma banda sonora para ir ali morrer uns minutos e voltar.

No geral gostei, vê-se bem e é uma boa reflexão sobre o nosso mundo, mas não achei incrível.
Espero que faça muito sucesso porque é uma boa publicidade para as ciências exatas.

Nota: tem uma simultânea menção a Portugal e ao Brasil, o local é o Terreiro do Paço (vê-se a bandeira portuguesa, o logotipo da cidade de Lisboa e da SIC) e na legenda pode ler-se ônibus espacial, é um dois em um.

 

 

Mare of Easttown

Só posso dizer, é a melhor minissérie que já vi até hoje.

Mare of Easttown é centrada em Mare, uma detetive de cidade pequena. No entanto, é muito mais que um drama policial, é uma história sobrevivência ao dia-a-dia.
Tudo começa com um crime, mas ao longo da narrativa vão surgindo outros, que sujeita Mare a uma pressão constante vinda de várias frentes. Acresce a este ramalhete uma situação pessoal complicada: lida com dois lutos (de uma relação e da morte de um filho, em circunstâncias particularmente dramáticas); mora com o neto, a filha adolescente e a mãe; é vizinha do ex-marido; etc.
Logo, não é uma pessoa de trato fácil, mas como poderia ser?! Mare é só uma pessoa normal, com dias merdosos, sem paciência para floreados, uma família que é espetacular para quem vê de fora (como todas) e que lida com vários dramas em simultâneo.  

Com uma narrativa diferente, cativante, densa, pesada e arrebatadora, esta minissérie dá-nos a conhecer uma profissional, mulher, amiga, mãe, avó, filha e ex-mulher, a Mare. Kate Winslet dá corpo a esta mulher real, falível, complexa e admirável, como eu gosto.

As representações são todas fabulosas, mas a Kate Winslet, como já é habitual, é insubstituível, ao nível de Frances McDormand. Colocando esta minissérie ao nível dos melhores filmes que já vi.*
Preparem-se para vários socos no estômago, calafrios, bocas abertas de incredulidade e um final absolutamente fabuloso. A estrutura dos episódios é perfeita, prende-nos episódio a episódio e não dá para parar de um para o outro.  Assim o conselho básico é: tirem um dia e veja tudo seguido.

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*Para se situarem dos filmes preferidos constam: Requiem for a dream, Seven, Fight Club, Três cartazes à beira da estrada…
Tudo histórias pouco bonitas e simpáticas, nem sempre reais mas perto disso.

Grunge: uma (trágica) história de sucesso

Um facto inalienável é que tragédia e o grunge são indissociáveis. Na lista temos Chris Cornell, Kurt Cobain e Layne Staley, os primeiros por suicídio e o último por overdose; ficou apenas Eddie Vedder.

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Como se justifica isso?
Essa é a resposta de um milhão, existem muitas opiniões e teorias.
A minha é que talvez o facto de ser um género tão duro, introspetivo e visceral - produto direto das dores de crescimentos daqueles indivíduos, sistematicamente revisitadas em cada música e concerto - tenha contribuído para os desfechos trágicos dos atores principais do grunge.
Estes rapazes eram pessoas normais, sim pessoas normais, que viram as suas vidas drasticamente alteradas. Sendo, ao longo do seu sucesso, consumidos por um meio que desconheciam, (no fundo) não desejavam e com o qual não sabiam lidar.
Note-se que: As pessoas normais, tal como eles, têm angústias e preocupações dignas de letras de músicas e de serem gritadas para milhares de pessoas. Se não têm, deviam.

Penso que, parte da sua tragédia é também a chave do sucesso do género. Estes homens com tocaram milhares de jovens que perceberam que não estavam sozinhos, fechados no seu quarto a sofrer. Existindo uma sensação de pertença que transcendia a música; o grunge era uma forma de estar na vida, desde a indumentária e ao estilo de vida, pouco recomendável, dos ídolos.

Assim, este estilo pôs a nu muitas das angústias de uma geração, fez com que milhões não se sentissem sós e mudou para sempre o paradigma de beleza e carisma masculinos (esta última parte pode parecer fútil e superficial, mas não deixa de ser significativa).


Tenho em Chris Cornell, a par de Ian Curtis, um dos homens com quem casaria num piscar de olhos. Sim, isso diz muito sobre o meu gosto pelo sexo oposto: homens desarranjados, geniais, introspetivos, artísticos, apaixonados e apaixonantes; óbvio que isso vem com um conjunto de disfunções que acabam por não compensar o risco, ou talvez sim.
Na realidade a vida sem paixão, sem reflexão e sem grunge não tinha o mesmo sabor.

 

O impacto do grunge numa geração: Quem ouve grunge?

Homens e mulheres na casa dos trinta/quarenta e, talvez, os seus filhos por influência sua. Pessoas que: gostam de roupa confortável, mas com preocupação estética; têm uma forma não muito convencional de ver o mundo; gostam de ouvir música alta e cantar com ela; tocam ou já tentaram tocar um instrumento de cordas, muito provavelmente guitarra; são tendencialmente de esquerda, ou foram-no em algum momento da sua vida. Se não têm nenhuma destas características e ouvem grunge, não percebem grande coisa do que eles dizem.

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Ou seja, uma geração de transição - muito diferente da que os antecedeu e da que lhes sucede - que viveu intensamente fora das redes, sabe o que é música, suicídio, drogas e olha para a sociedade como um todo e não como a soma das partes.

Muito provavelmente malta que está, estará ou deveria estar a fazer terapia…

Kurt Cobain

Não é possível falar de grunge sem falar de Kurt Cobain, o jovem que mudaria para sempre a indústria musical. Vejo nele um jovem disfuncional e violento, mas frágil -é possível a combinação violento e frágil, é até um equilíbrio difícil de gerir. O tipo de pessoas que não recomendo e não gosto, mas entendo.

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Kurt é o produto de um mundo onde não encaixava, não se revia, detestava e gritava-o a plenos pulmões. Através da música, e das drogas, tentava abafar a dor emocional que o consumia diariamente.
Kurt Cobain é o primeiro deste movimento a ter um fim trágico. Todos sabem quem é, como morreu e já ouviram falar das teorias que sucederam a sua morte. Pessoalmente, acho que o seu fim é exatamente isso: o fim que ele escolheu por não conseguir continuar a viver com tanta dor, num mundo que não o entendia e que ele também não entendia. Tudo muito mais óbvio, mas não menos difícil, do que a maioria das teorias sobre a sua morte. Ainda hoje, é o mais mediático e idolatrado dos rapazes do grunge.
Poucos meses antes do dia que escolheu para morrer, tem uma das mais brilhantes interpretações da minha música preferida que ele já cantou. Num ambiente quase fúnebre, questiona-se sobre onde a rapariga tinha dormido na noite passada.

setembro de 1991: badmotorfinger

Soundgarden lançam Badmotorfinger, o grupo liderado pelo carismático, magnético e inesquecível Chris Cornell lança o álbum que, na minha leiga opinião, tecnicamente é o melhor dos três. Este álbum tem uma das minhas músicas preferidas do género a Outshined, porque são muito os dias em que “I'm looking California And feeling Minnesota”.

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Ainda que não seja o meu álbum preferido da banda, é o Superunknown, este álbum é muito bom. Os Soundgarden são, de entre os três grandes do grunge, o nome menos conhecido. Tal como o seu vocalista, que apesar de ser o mais giro, não teve o mediatismo de Eddie Vedder ou Kurt Cobain, ainda que partilhe com este último o mesmo fim trágico.

Os Soundgarden deram palco e fama a Chris Cornell, que mais tarde liderou um dos meus projetos musicais preferidos: Audioslave. De tudo o que o grunge pariu os Audioslave são, não pertencendo ao género puro e duro, o que mais gosto.

setembro de 1991: Ten

Comemoram-se trinta anos e um mês do lançamento de Ten, dos Pearl Jam.

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Os Pearl Jam são, do pacote grunge, os que mais ouço. Não posso dizer que gosto ou ouço todos os álbuns deles, mas o Ten é o álbum que tem mais músicas na minha playlist.

Gosto particularmente das histórias, não são bonitas, tão sublimemente escritas por Eddie Vedder. Sobre isso, chega a ser engraçado como tanta gente canta a Alive, de uma forma festiva, sem perceber que é uma música cheia de dor; a forma como a Jeremy conta a história de um massacre numa escola americana, tão comum em determinado momento das nossas vidas; e a Black, que é simplesmente genial, a minha música grunge preferida.


Os Pearl Jam foram a única banda grunge que vi ao vivo, um dos momentos mais mágicos e inesquecíveis da minha vida. Estava no Alive! com uns amigos, a minha irmã (a quem aticei o grunge) também andava por lá, que apreciando não eram tão fãs como eu. Não sei como nem porquê, enquanto cantava a Black a plenos pulmões, fui perdendo os meus amigos e apareceu a encarnação do Kurt Cobain ao meu lado a cantar, tal como eu. Aquele surfista desconhecido, do qual nem sei o nome, cantou comigo boa parte do concerto. Eu ouvi a minha preferida, Black, mas ele não ouviu a dele, Yellow Ledbetter. Assim ficamos, o boa parte do concerto: a cantar, a falar das músicas e da banda, sem sequer nunca nos apresentarmos, apenas a partilhar genuinamente aquele momento mágico para os dois. Foi dos momentos mais belos, genuínos e desinteressados que já tive com alguém do sexo oposto. Ele nem era feio, tal como eu também não sou, mas nem nos atravessou a mente outra coisa que não falar mesmo sobre Pearl Jam e viver aquilo intensamente, encontrei a companhia perfeita e depois cada um foi à sua vida.

setembro de 1991: Nevermind

A 24 de setembro de 1991 é lançado o álbum Nevermind dos Nirvana, tinha eu 7 anos. Onde estava? Não faço ideia, possivelmente a jogar à macaca ou ao elástico na escola primária.


Este é o álbum mudou para sempre a forma com o mundo ouvia rock. Não sendo o primeiro ou melhor álbum da banda, foi ele que popularizou os Nirvana, a figura do Kurt Cobain e com eles o grunge. Este álbum tem 13 músicas, que são 13 hinos do género, e a abre com a incontornável Smells Like Teen Spirit, a música que todos já ouviram e que os estudantes da Universidade do Minho, na primeira década do terceiro milénio, gritaram no BA.

No entanto, este álbum é muito mais do que um single. Por exemplo, a In Bloom é a segunda música do álbum e das preferida dos aficionados da banda; a terceira é a não menos afamada Come as You Are. A minha preferida deste álbum não é tão famosa, é a quinta: Lithium, consigo perceber o que ele diz, gosto da música e da letra.

Todo o álbum é considerado uma obra prima do grunge, do rock e da música. Acredito que a maioria das pessoas reconhece Nirvana pelos primeiros acordes de Smells Like Teen Spirit Come as You Are. Tanto que, possivelmente, a maioria das pessoas que dizem gostar de Nirvana gostam é do Nevermind ou do Unpluged.
Goste-se, ou não, existe um antes e um depois de Nevermind. Pois, além de tudo o que já foi dito sobre este álbum, é uma obra que tem impacto, direto ou indireto, em uma ou duas gerações nascidas entre os anos setenta e oitenta do século XX.

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Eu e o grunge

Celebram-se por estes dias trinta anos de Nevermind e seis meses do fim do capítulo da minha vida que ficará para sempre ligado ao grunge. Para quem gosta de música, de rock, o grunge vem naturalmente e com ele tudo o que lhe está associado. Ouvi grunge boa parte da minha vida e coabitei com ele quase 11 anos; o meu casamento abriu com In Bloom e acabou Like a Stone, não só em sentido figurado, mas literal. A música é um gatilho e os todos que ouvem muita e boa música sabem disso, porque qualquer vida dava um livro mas também uma banda sonora, ambos absolutamente incríveis.

Assim, aquele mês de setembro de 1991 tem um enorme lugar na minha vida: pelas horas de passei, passo e passarei a ouvir o que ele pariu.

Deste mês ouço, incontáveis vezes: Ten, dos Pearl Jam; Badmotorfinger, dos Soundgarden; Nevermind, dos Nirvana; Blood Sugar Sex Magik, dos Red Hot Chili Peppers.

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Este último, obviamente, não pertence ao pacote grunge; mas não posso deixar de o incluir, porque o adoro. É o melhor álbum dos Red Hot Chili Peppers, ainda que tenha conhecido a banda pelo enorme sucesso de Californication.

Tinha 15/16 anos estava no campo de basquete da minha escola secundária, ouvi aquilo vindo do rádio que os rapazes tinham perto dos matrecos e fui imediatamente lá perguntar “O que é isto?”. Assim começou uma linda história de amor entre mim e as cordas elétricas deste mundo, abandonando para sempre a música comercial que me enchia os ouvidos, mas não me saciava a alma.
O responsável disto foi o Mário, uma pessoa que nunca esquecerei, e que apareceu com aquilo porque um pessoal mais velho da Amorosa lhe arranjou. Muita da música, decente, que nos chegava era assim: em cassetes ou CD emprestados ou gravados por alguém que se compadecia das almas sedentas de boa música, mas que não sabiam aceder a ela.

Aviso: não sou fã de Nirvana, mas reconheço a importância da banda e do seu trabalho. Nirvana, de todos os representantes do género é, possivelmente, o que menos gosto. Sem uma explicação muito erudita, simplesmente não gosto muito da banda, tal como não endeuso o Kurt Cobain. São coisas que nem sempre se explicam, mas se sentem ou, neste caso, não se sentem.

 

Workin’ Moms

É uma Sitcom canadiana, muito pouco convencional, mas real e atual. Numa sociedade que nos impõe checklists de felicidade, comportamentos e expectativas é bom ter no ecrã pessoas anormalmente normais: mulheres profissionais e com filhos.

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Atualmente noto uma dicotomia sobre a maternidade que não percebo muito bem de onde surgiu, mas que não gosto. Existe:

  • Queres ser feliz como individuo, ter carreira e fazer coisas? Esquece os filhos.

Esta glorificação do individuo, é estranha para alguém como eu, um ser social. A ideia de que para seres feliz tens a checklist: carreira, dinheiro, viajar e fazer coisas, onde uma criança não entra.

  • Queres ter filhos? Esquece que és uma pessoa.

Temos a versão maternidade como missão, como ação exclusiva e eterna do quotidiano. A lista onde só cabe o bem-estar da família e dos filhos.

 

Esta série, como alguns exemplos à minha volta, mostra que é possível um “equilíbrio” entre as duas correntes. Alguma coisa sem receitas, sem expectativas, sem julgamentos e com o apoio de um núcleo duro. Ser mulher, profissional, mãe, feliz e um ser sexuado é possível, mas não é perfeito. A questão central é: faz sentido de outra forma?!
Fácil?! De forma nenhuma.
Seguindo uma das duas correntes é mais fácil?! Claro, porque estamos simplesmente a seguir uma das duas manadas que já tem a checklist definida.
Numa sociedade cada vez mais polarizada, este é só mais um exemplo do eles e nós dos tempos modernos.

 

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